Assim como na medicina, na biologia ou na linguagem, a matemática e o ensino de matemática também se diferem no âmbito étnico.
Na década de 1970, os educadores matemáticos estavam insatisfeitos com os métodos e as maneiras arcaicas da abordagem da disciplina para os alunos, que era tratada sempre com uma visão unilateral e um conhecimento universal, impondo a matemática como única e esta única, como verdade absoluta. A partir deste descontentamento, foi iniciado um trabalho de valorização do conhecimento matemático social e popular, ou seja, os olhares se votaram para a matemática transmitida pelos artesãos em suas oficinas, pelas donas de casa em suas cozinhas, pelos pescadores em suas expedições, pelos padeiros em suas confeitarias, até mesmo pelas brincadeiras de bairro.
Deste modo, surgiram os primeiros esboços sobre a Etnomatemática, e em 1985 Ubiratan D’Ambrósio usou este termo pela primeira vez em seu livro “Etnomathematics and its Place in the History of Mathematics”.
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CONTINUA
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